Aço 22

Vou mudar de “ares”, não muito, apenas um pouco. É incrível como a vida prevalece, se reorganiza e reaparece como num passe de mágica. Ela está lá, no alto das montanhas e nas profundezas do oceano e, aqui, ela brota do aço. A vida se alimenta, a matéria depositada na estrutura do vagão possibilitou que a planta ali crescesse. Mas, me parece tão pouco: pouca terra, pouca luz, pouca água, nenhuma atenção, mesmo assim, o verde vibra. Os astrônomos nos dizem que somos poeira de estrelas, tudo o que existe no universo veio daqueles poucos elementos da tabela periódica. Estudei a tabela, assim como todos os adolescentes que tiveram a oportunidade de ir à escola, no que no Brasil era conhecido por “colegial” é hoje é o “ensino médio”. Não lembro mais nada da tabela periódica, mas me parece perfeitamente plausível que tudo que aí está veio da combinação de uns poucos elementos. Isso porque, com algumas notas musicais, Mozart, Beethoven, Jimi Hendrix e mais alguns fizeram história. Com as poucas letras de um alfabeto, Shakespeare, Cervantes, Dostoiévski e mais alguns fizeram história. A planta crescendo sobre o aço nos diz com toda a delicadeza: devolvam-me o que é meu!

OBS.: Caso não tenha visto, procure aqui no Blog a primeira postagem da série “Aço”, realizada em 16/11/2020.

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