Estou bastante atrasado. Como adiantei na última postagem de 2019, janeiro de 2020 foi o meu mês de férias e levei comigo uma das minhas câmeras analógicas. Aqui no Brasil, o Corona Vírus estava apenas nos noticiários. Porém, neste momento, a pandemia que assolou China e Europa nos primeiros meses de 2020, está entre nós. Aqui, como no resto do mundo, estamos tentando seguir as medidas de isolamento social e tomando todos os cuidados com os mais vulneráveis. Sobre vírus, eu não tenho nada a dizer, mas lembrei-me de uma série de fotos que fiz (as deste ano ficarão para outro momento) em Janeiro de 2019. Na ocasião as férias foram na Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro. Estivemos nas cidades de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Rio das Ostras, todas com belíssimas praias. As fotos foram feitas com uma maravilhosa rangefinder Minolta Minoltina S, de 1964. Conservo essa câmera com muito cuidado, e até o antigo fotômetro de selênio se mantém operacional, apesar de um pouco descalibrado. Resolvi postar essas fotos (todas são de Rio das Ostras) simplesmente por que as pessoas estão distantes umas das outras. Eu estava em um pier, e o que me atraiu na ocasião foi justamente como, em alguns momentos, surgiam espaços desertos na praia repleta de pessoas. Esses espaços depois eram atravessados por um ou outro caminhante, como num derradeiro jogo de xadrez, onde restaram poucas peças. Às vezes é possível, mesmo que só, sentir-se dentre a multidão, ou o que é mais comum, estando dentre a multidão, sentir-se só.
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